Há alguns dias comentei aqui sobre a garota Lia, que fez um forte discurso pró-vida em uma competição de seu colégio.
Registro aqui a tradução que Julio Severo fez de uma matéria da LifeSiteNews.com, onde a mãe de Lia relata a oposição que ela sofreu de professores e jurados.
Leia a matéria no blog do Julio Severo.
Registro aqui a tradução que Julio Severo fez de uma matéria da LifeSiteNews.com, onde a mãe de Lia relata a oposição que ela sofreu de professores e jurados.
Leia a matéria no blog do Julio Severo.
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O que a mãe sente
Como se dá com outras técnicas médicas, o aborto acarreta certa medida de risco e de dor. Durante a gravidez, o colo do útero, ou cérvix, fica hermeticamente fechado para manter o bebê seguro. Dilatar o colo do útero e inserir instrumentos pode ser doloroso e traumático. O aborto por sucção pode levar mais ou menos 30 minutos, durante os quais algumas mulheres talvez sintam dores de moderadas a intensas e cãibras. No aborto por solução salina, induz-se trabalho de parto prematuro, às vezes com a ajuda de prostaglandina, substância que dá início ao trabalho de parto. As contrações podem durar horas ou até dias e podem ser dolorosas e emocionalmente extenuantes.
Entre as complicações imediatas do aborto estão hemorragia, danos ou lacerações no colo do útero, perfuração do útero, coágulos sanguíneos, reação à anestesia, convulsões, febre, calafrios e vômitos. O perigo de infecção é especialmente alto quando pedaços do bebê ou da placenta ficam no útero. É comum a realização de abortos incompletos, de modo que talvez seja preciso uma cirurgia para a remoção de tecido em decomposição deixado no útero ou até do próprio útero. Estudos governamentais feitos nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e na ex-Tchecoslováquia sugerem que o aborto aumenta muito as possibilidades posteriores de infertilidade, gravidez tubária, aborto espontâneo, parto prematuro e defeitos congênitos.
O ex-diretor nacional de saúde dos EUA, C. Everett Koop, comentou que ninguém fez “um estudo da reação emocional ou do sentimento de culpa da mulher que se submete a um aborto e depois deseja desesperadamente ter um filho que não pode ter”.
Os estudos sobre o aborto deviam ter incluído nos grupos de controle jovens cristãos castos que permanecem virgens por respeito à vida e às leis de Deus. Teriam constatado que esses jovens têm relacionamentos mais saudáveis, maior auto-estima e duradoura paz mental.
O que o bebê sente
O que sente o bebê que, aninhado em segurança no aconchego do útero da mãe, é subitamente atacado com força mortífera? Só se pode imaginar, pois essa história nunca será contada em primeira mão.
A maioria dos abortos é realizada nas primeiras 12 semanas de vida. Nesse estágio, o pequenino feto exercita a respiração e a deglutição, e seu coração já bate. Ele pode dobrar os dedinhos dos pés, fechar a mãozinha, revirar-se em seu mundo aquoso — e sentir dor.
Muitos fetos são arrancados do útero e sugados para dentro dum recipiente por um tubo de vácuo com extremidade pontuda. Esse processo é chamado de aspiração a vácuo. A possante sucção (29 vezes superior à potência dum aspirador de pó doméstico) dilacera o corpinho. Outros bebês são abortados por dilatação e curetagem, processo em que um bisturi em forma de alça raspa a parede interna do útero, fazendo em pedaços o bebê.
Fetos com mais de 16 semanas podem morrer pelo método de aborto por solução salina, ou envenenamento por sal. Uma longa agulha perfura a bolsa d’água, retira parte do líquido amniótico e o substitui por solução salina concentrada. À medida que o bebê engole e respira, enchendo seus delicados pulmões com essa solução tóxica, ele se debate e tem convulsões. O efeito cáustico do veneno destrói a camada superficial de pele, deixando-a em carne viva e engelhada. O cérebro pode apresentar hemorragia. Uma morte dolorosa talvez ocorra dentro de algumas horas, embora vez por outra, quando o trabalho de parto começa mais ou menos um dia depois, o bebê seja expulso ainda vivo, mas agonizante.
Se o bebê está desenvolvido demais para ser morto por esses métodos ou por métodos similares, resta uma opção: a histerotomia, incisão cesariana com objetivo desvirtuado, ou seja, pôr fim à vida em vez de salvá-la. O abdômen da mãe é aberto cirurgicamente, e quase sempre se retira o bebê ainda vivo. Ele talvez chegue até a chorar. Mas tem de morrer. Alguns são deliberadamente mortos por sufocamento, afogamento ou outros meios.
O que o médico sente
Por séculos os médicos têm aceitado os valores expressos no venerado juramento hipocrático que diz, em parte: “Jamais, para agradar alguém, prescreverei uma droga mortal, nem darei um conselho que possa causar a morte. Nunca darei a uma mulher um pessário para causar o abortamento. Preservarei a pureza . . . da minha arte.”
Que conflitos éticos confrontam os médicos que interrompem a vida no útero? O Dr. George Flesh descreve-o da seguinte maneira: “Meus primeiros abortos, como médico residente, não me causaram nenhuma aflição emocional. . . . Minha insatisfação começou depois de centenas de abortos. . . . Por que mudei? Logo no começo da minha carreira, um casal me procurou e solicitou um aborto. Visto que o colo do útero da paciente estava rígido, não consegui dilatá-lo para realizar o aborto. Pedi-lhe que voltasse uma semana depois, quando o colo do útero estaria mais maleável. O casal retornou e me disse que havia mudado de idéia. Realizei o parto sete meses depois.
“Anos mais tarde, brinquei com o pequeno Jeffrey na piscina do clube de tênis do qual seus pais e eu éramos sócios. Ele era feliz e bonito. Fiquei horrorizado ao pensar que um obstáculo técnico fora tudo o que me impediu de pôr fim à vida que o Jeffrey teria. . . . Creio que dilacerar um feto desenvolvido, membro por membro, simplesmente a pedido da mãe, é um ato de depravação que a sociedade não devia permitir.”
Uma enfermeira que deixou de ajudar em abortos comentou sobre seu serviço numa clínica de abortos: “Uma das nossas tarefas era contar os pedaços. . . . Se a moça vai para casa com pedaços do bebê ainda no útero, podem surgir problemas graves. Eu examinava cuidadosamente os pedaços para ter certeza de que havia dois braços, duas pernas, o tronco, a cabeça. . . . Tenho quatro filhos. . . . Havia um enorme conflito entre minha vida profissional e minha vida pessoal que eu não conseguia conciliar. . . . O aborto é uma questão difícil.”
Solução Para Abusos?
Em especial, se conhece uma mulher que sofreu danos devido a um aborto ilegal, talvez fique pensando se a legalização dos abortos em alguns lugares acabou com os abusos perigosos. Por exemplo, por substituir os abortos ilegais pelos legais, que efeito teve a decisão de 1973 do Supremo Tribunal dos Estados Unidos? Segundo o Dr. Christopher Tietze, consultor veterano do Conselho Populacional, a decisão reduziu as mortes por abortos entre as mulheres de mais de 300, anualmente, na década de 1960, para 47 em 1973. Mas, essa decisão do tribunal não pôs fim às mortes devidas ao aborto. O Dr. Tietze disse que vários abortos ilegais continuaram a ser feitos naquele ano, e resultaram em 25 dessas 47 mortes.
Considere a Índia como outro exemplo. Calculadamente 5.000.000 de mulheres abortam ali cada ano, quer legal quer ilegalmente. Em 1971, concedeu-se às mulheres indianas o direito legal de abortar num hospital, quando quisessem. No entanto, visto que cerca de 80 por cento delas vivem fora das cidades em que existem tais instalações, seus abortos amiúde são operações perigosas, não sendo feitas por médicos.
Assim, será que a legalização dos abortos pôs fim aos abusos? Não; grande perigo ainda existe em milhões de casos.
Solução Segura Para Problemas Pessoais?
Os problemas populacionais mundiais e os perigos do aborto ilegal, porém, talvez sejam relativamente sem importância para uma mulher que tem uma gravidez indesejada. Talvez não seja casada e se sinta emocionalmente incapaz de ter e criar um filho concebido fora do casamento. É o aborto a solução?
Ela obviamente precisa considerar vários fatores. Exemplificando: até mesmo debaixo de condições supostamente seguras do aborto legalizado, ela poderia pôr em perigo sua vida e saúde. Os conceitos profissionais variam, naturalmente, mas, segundo o Professor T. S. Ueno, os abortos legais não são de todos os modos “notavelmente mais seguros” do que os ilegais. Acha ele que a rápida mudança dum estado de gravidez resulta em desequilíbrio no sistema nervoso simpático da mulher. Entre outros maus efeitos, ele inclui a exaustão, insônia, dores de cabeça, vertigens, cãibras, nevralgias, doença psicossomática, gravidezes extrauterinas, abortos espontâneos habituais e esterilidade.
Mesmo se uma mulher fosse a uma clínica de abortos, provavelmente seria informada de que há perigos envolvidos. A infecção e hemorragia podem ocorrer. Talvez se admita a ela que algumas mulheres morrem em resultado dum aborto. Assim, o aborto legal não é solução segura para os problemas pessoais.
Reações Angustiantes
Não devem ser despercebidas as angustiantes reações emocionais amiúde sentidas pelas mulheres que abortam. Talvez lhe dê muito em que pensar o caso duma universitária solteira de 22 anos. Evidentemente, ela jamais esperava uma reação emocional desfavorável em resultado de ser operada numa clínica de abortos. No entanto, à medida que esperava, ficou ansiosa. Daí, veio o aborto em si. “Entrou correndo o médico — sem nenhuma expressão no rosto, na voz, desprovido de emoções”, disse ela mais tarde. “Nem me disse alô e nem olhou para o meu rosto.” A operação prosseguiu — e foi dolorosa, também. Por fim, terminou.
“Daí, irrompi em lágrimas”, admitiu a jovem. “E eu pensei que me tinha ajustado completamente.” Sobre sua viagem de volta para casa, ela disse, em parte: “Como que para me purgar, por fim, do jugo e das três horas dum conhecimento de algo que não deveria ter conhecido, inclinei-me para fora da janela do ônibus e vomitei.
Todavia, a reação da mulher pode ser mais grave do que isso. Profundas e duradouras cicatrizes emocionais talvez resultem dum aborto. Com efeito, pode ter profundo efeito sobre as pessoas da profissão de enfermagem, também. Considere só: Um médico realizou um aborto de uma mulher de 21 anos durante sua décima oitava semana de gravidez, usando injeções de fluido que geralmente sufocam o feto no útero da mãe. Oito horas mais tarde, ela expeliu um feto que fazia movimentos musculares e possuía coração ativo. Depois de vinte e sete minutos, o feto expirou. “A equipe de enfermagem ficou muito aborrecida com este incidente”, observou o médico.
À medida que os abortos aumentaram em Southampton, Inglaterra, algumas Jovens enfermeiras abandonaram seus empregos. Em especial ficaram atribuladas quando existiam sinais de vida nos fetos. “Chegam à profissão cheias de idealismo, ansiosas de preservar a vida”, comentou certa autoridade em enfermagem. “Pode ser uma experiência abaladora quando verificam que se acham numa situação em que, para todos os fins e propósitos, ajudam a destruir a vida”.
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