quinta-feira, 30 de abril de 2009

Crise de indentidade e crise de Fé


Crise de identidade


Leia primeiro a notícia "Trabalho veta o capital na missa do 1º de Maio - Cardeal queria convidar empresários: pastoral não deixou".

Parece até mentira, mas um Cardeal da Santa Igreja não consegue realizar sua legítima vontade dentro de sua própria Catedral, submetendo-se aos desmandos de um leigo comunista membro de uma dessas onipresentes e onipotentes pastorais.

E não satisfeito em determinar o que pode e o que não pode acontecer dentro da Catedral de Sé de São Paulo, o dito leigo comunista ainda determina os temas que não podem faltar na homilia do senhor bispo!

E todos se calam e aceitam!!!

Parem o mundo que eu quero descer! Algo está errado, não é possível!


Crise de Fé


A CNBB adora se manifestar sobre temas políticos e econômicos, mas se cala sobre temas doutrinais e litúrgicos (e quando se manifesta, mais atrapalha do que ajuda, vide o caso Dom José Cardoso Sobrinho).

Publicou esses dias uma "Declaração contra redução da maioridade penal". Onde praticamente fez uma definição "dogmática", afirmando que a CNBB é contra a redução da maioridade penal. Veja que não foram passadas orientações ou levantados tópicos para debate, mas definido que a CNBB é contra. E se a conferência é contra, em tese todos os católicos deveriam ser...

Ora, mas esse é um tema onde a Fé não obriga em nada. Qualquer católico pode ser contra ou a favor da redução da maioridade penal, sem prejuízos para sua Fé. E se é assim, por que a CNBB emitir uma declaração dessas sendo tão taxativa?

Bom mesmo seria se a CNBB agisse da mesma forma contra os abusos litúrgicos (a propósito, cadê a tradução do Missal publicado por João Paulo II em 2002? Será que estão com medo de não terem sua absurda tradução aprovada desta vez?), contra as heresias da Teologia da Libertação, contra o governo abortista do PT, etc... etc... etc...

Mas não, sobre tudo isso silêncio ou quando muito ambiguidades... Quero frisar que, obviamente, não nego a importância e a necessidade de os bispos se manifestarem em temas políticos e econômicos, os fiéis precisam receber orientação de seus pastores sobre esses temas. O problema é que dá para contar nos dedos de uma única mão quando a CNBB se manifesta sobre temas doutrinários, liturgicos e morais; ao passo que são incontáveis suas intervenções em matérias políticas e econômicas (e ainda por cima com o viés marxista da Teologia da Libertação, essa praga que devastou o Brasil)

Agora, para o Dia do Trabalho (que estranhamente a CNBB mudou para Dia do Trabalhador) foi publicada uma nota.

Como era de se esperar, a nota critica a crise, o neoliberalismo, os banqueiros, etc.

Mas nem uma palavra sobre a santificação no trabalho (vide oração abaixo). Afinal, é por isso que o Dia do Trabalho é comemorado no dia de São José Operário, pela dignidade, retidão e dedicação com que executava seu ofício de carpinteiro. E não porque porventura teria sido um agitador sindical.

Mas não, a CNBB (que alguns, aliás, já a chamam de "sindicato dos bispos") não consegue erguer seus olhos além da terra, não consegue olhar para o céu, não tem visão sobrenatural. Suas preocupações estão aqui, bem enraizadas nesse mundo, infelizmente. Vide as bizarras Campanhas da Fraternidade, que desviam completamente a atenção do povo para o que realmente significa a Quaresma.

"Virão dias - oráculo do Senhor Javé - em que enviarei fome sobre a terra, não uma fome de pão, nem uma sede de água, mas (fome e sede) de ouvir a palavra do Senhor. Andarão errantes de um mar a outro, vaguearão do norte ao oriente; correrão por toda parte buscando a palavra do Senhor, e não a encontrarão" (Amós 8, 11-12).



Oração a São José para antes do trabalho (São Pio X)


Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados; de trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; de trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus; de trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades; de trabalhar sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus! Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, ó Patriarca São José! Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Santa Missa, nosso maior tesouro

É bem sabido para qualquer católico que se preze que a Santa Missa é nosso maior tesouro. Tesouro este que nos dias de hoje, infelizmente, não está ao nosso alcance com facilidade, na igreja mais próxima. Muitas vezes precisamos ir em busca desse tão grande tesouro...

No último sábado à noite, dia 18/02/09, eu, minha esposa e meu filho viajamos até a região de Campinas, mais precisamente a cidade de Sumaré, para visitar a avó de minha esposa. O plano era, no domingo, assistir a Santa Missa pela manhã, almoçar e no final da tarde voltarmos para São Paulo. Assim o fizemos...

Como decidimos já no sábado à noite a fazer essa visita, não tive tempo de confirmar o endereço e os horários das missas na Capela São Tomás de Aquino (fotos e informações aqui e aqui), que vi receber elogios no site Salvem a Liturgia, só sabia que ficava na escola de cadetes em Campinas. Fiquei um tanto decepcionado por ir tão próximo e não conhecer a capela, mas conformei-me em deixar para uma próxima oportunidade.

No domingo pela manhã fomos até a Paróquia São Miguel Arcanjo. Logo ao entrar, preocupou-me o fato de no lugar da imagem de Cristo crucificado, existir uma imagem de Cristo ressuscitado. Pensei comigo: bem, isso tanto pode significar um duvidoso gosto estético do pároco, quanto pode significar uma negação do sacrifício de Cristo por parte do mesmo (se duvida que isso seja possível, clique aqui para ler uma aterradora notícia). Após os acontecimentos, temo que ele se enquadre na segunda hipótese...

A banda ensaiava em alto e bom som...

Alguns minutos antes da Missa surge o sacerdote, que depois descobri o nome: Conêgo José Veríssimo Cibinel. Enquanto atravessava o presbitério, ajeitava-se dentro de sua alva que de tão amassada parecia ter sido retirada de dentro de uma apertada garrafa... E eu, de onde estava, podia ver que dentro da sacristia um grupo de mais ou menos sete pessoas vestiam capas com o mesmo recorte da dalmática utilizada pelos diáconos, eram leitores, comentaristas, MEC's, etc.

Minha esposa me faz uma tentadora proposta: "Vamos embora, procuramos outra igreja e assistimos a Missa à tarde". Eu, teimoso, insisto em ficar...

Começa a procissão de entrada, o Côn. José Veríssimo entra alegremente batendo palmas e acenando para as crianças, nem de longe parecia que iria "subir ao altar de Deus", como possivelmente rezou em sua primeira Missa.

Ao tomar o microfone, tive certeza que deveria ter aceitado a proposta de minha esposa. Se expressava pessimamente para um sacerdote. Então ele anunciou e um grupo de crianças chamados de "Pequeninos do Senhor" entrou em procissão.

O referido sacerdote se expressa da seguinte maneira em relação àquele grupo de crianças: "Eles vão celebrar a Missa ao modo deles lá no salão, pois se ficarem aqui não vão entender nada, não vão aproveitar nada, então vão lá celebrar a Missa deles. Mas só vão as meninas bonitas, as feias podem ficar aqui na igreja; e só vão os meninos espertos, os vagabundos também vão ficar aqui .... hahahahahaha".

O absurdo começa com a afirmação de que crianças vão "celebrar a missa ao modo delas", depois pensei o quão triste é um sacerdote por pra fora da igreja as crianças, elas que desde cedo deveriam se acostumar a estar na casa de Deus e a assistir a Santa Missa. Por outro lado, comecei a pensar que não estar ali na igreja seria até benéfico para elas, as pouparia de verem tanta bagunça e desrespeito para com a Liturgia, evitando que aprendam errado o que é a Missa.

Iniciada a celebração, o padre pula arbitrariamente o Ato Penitencial, indo direto para o canto do Glória (que seguindo o triste e errado costume atual no Brasil, teve sua letra alterada).

Após as leituras, Côn. José Veríssimo anuncia "Evangelho de Jesus Cristo segundo João" e vai para o centro do presbitério, então começa a narrar o Evangelho com suas próprias palavras!!! Quando chega no momento em que Nosso Senhor no Evangelho diz aos apóstolos "A paz esteja convosco!", o padre faz um sinal para a banda e essa passa a cantar "A paz esteja contigo, a paz esteja comigo, a paz esteja com ele, com ela e com todos os irmãos...".

Foi a gota d'agua!

Temendo o que poderia acontecer dali em diante, mais especificamente na consagração, olhei para minha esposa e disse: "Vamos?", ela concordou e nos retiramos. Foi a primeira vez que me retirei de uma igreja no meio da Santa Missa por causa de abusos, embora já tenha suportado muita coisa, mas nunca tinha visto tamanho indiferença e desrespeito com a Sagrada Liturgia.

Voltamos para a casa da avó de minha esposa. Comentei com um dos tios dela sobre a Capela São Tomás de Aquino na Escola de Cadetes. Ele disse que conhecia a Escola e que não ficava longe de onde estávamos, e ainda se ofereceu para ir comigo de moto até lá naquele momento, assim eu poderia conhecer o caminho e o horário da missa da tarde. Providência de Deus!

Então eu, que definitivamente não morro de amores por motos, me vi na garupa de uma, em plena Rodovia Anhanguera, em busca do Sacrifício de Cristo dignamente celebrado.

Caminho aprendido, horário confirmado, lá fomos nós à noite na Capela São Tomás de Aquino.

As fotos que indiquei acima testemunham a beleza da capela e a dignidade com que o pe. João Batista celebra o Santo Sacrifício da Missa. Música tranquila e de acordo com a liturgia, comunhão de joelhos e na boca, a consagração e a doxologia em latim, com direito a "Ite Missa est, Aleluia / Deo gratias, Aleluia" cantado no final.

Uma celebração simples, mas feita com muito zelo e dignidade. Depois do terrorismo liturgico que presenciei pela manhã, me vi no céu!

Enfim, por graça e providência de Deus, meu domingo foi salvo.

Rezemos pelo Conêgo José Veríssimo Cibinel para que possa ver o mal que está fazendo a seus paroquianos e passe então a celebrar com zelo e dignidade, nunca se esquecendo que deve celebrar cada Missa como se fosse a primeria, como se fosse a última, como se fosse a única!

Rezemos também pelo pe. João Batista, para que se mantenha firme na fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo e à Sua Santa Igreja.


terça-feira, 14 de abril de 2009

Homenagem a Dom José Cardoso Sobrinho

Human Life International

premia a Arcebispo de Olinda e Recife


por defesa da vida


Human Life International é uma organização internacional cuja missão é a construção de uma cultura que evidencie e defenda a vida em contraponto àquela de morte que se instalou em todo o mundo.

“A Human Life International tem a honra de conceder a Dom José Cardoso Sobrinho, Arcebispo de Olinda e Recife, o Prêmio Cardeal Von Galen em reconhecimento por sua atitude heróica no cumprimento do ministério episcopal, na defesa da vida humana, ao enfrentar o desagrado de tantos que promovem a cultura da morte”.

Agindo em nome das associações católicas pró-vida em mais de 80 países do mundo, a *Human Life International* concede o Prêmio Cardeal Von Galen a personalidades – especialmente Prelados – que se destacam na defesa da sacralidade da vida conforme a Lei de Deus proclamada pela Igreja Católica.

O Prêmio leva o nome do Bem-Aventurado Clemens August Von Galen (1878-1946), bispo de Münster (Alemanha) durante a era nazista, o qual, levantou sua voz em defesa dos pobres e dos doentes, protestando contra a eutanásia, a perseguição dos judeus e a expulsão dos religiosos. Por causa de sua coragem, ficou conhecido como o “Leão de Münster”. O lema que escolheu quando foi eleito bispo foi “Nem elogios nem ameaças” (me distanciarão de Deus).

O Prêmio já foi concedido a outros prelados que se destacaram em iniciativas em defesa da vida e da moral católica, como o Cardeal Lopez Trujillo, o Cardeal Tumi de Benin, Dom Antonio Arregui, arcebispo de Guayaquil e presidente da Conferência Episcopal Equatoriana, e muitos outros em vários países.

O cardeal Von Galen demonstrou coragem ao enfrentar os nazistas, desvelando a verdade sobre a ideologia do nazismo, defendendo a liberdade da Igreja e das associações católicas, bem como a educação religiosa. Acusou abertamente o nazismo de discriminação contra os cristãos, os quais eram encarcerados e assassinados. Condenou outros abusos do governo totalitário, lutou pelo direito à vida e denunciou de modo veemente o massacre das pessoas deficientes físicas e mentais consideradas “inúteis”.

*Dom José Cardoso Sobrinho* se destacou pelo empenho com que lutou pelos gêmeos nascituros daquela pobre menina grávida de apenas 9 anos de idade, em face de tanto negativismo, sobretudo em vários setores da mídia

O Mons. Ignacio Barreiro-Carámbula, JD, STD, chefe do bureau da *Human Life International* em Roma, virá ao Recife em nome do Rev. Padre Thomas Euteneuer, Presidente do *Human Life International* e entregará pessoalmente a Dom José o Prêmio Cardeal Von Galen*.*

A solenidade para outorga do Prêmio será no dia *16 de abril de 2009, às 20 horas, no auditório do Colégio Damas,* à Av. Rui Barbosa, 1426, no bairro dos Aflitos, no Recife.


domingo, 12 de abril de 2009

A vida é uma benção

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Via-Sacra dos inocentes

ATENÇÃO: HÁ IMAGENS FORTES



As imagens abaixo são fortes, mas creio ser oportuno mostrá-las. São imagens que os movimentos abortistas escondem, caso contrário ficaria nítido a monstruosidade que defendem.

Será que as inúmeras mulheres que se submetem a um aborto, principalmente as que são influenciadas por ONG's abortistas, o realizariam se vissem o que acontece com a pequena e indefesa vida que traz em seu ventre?

Aliás, ventre criado por Deus para ser recanto de amor e de aconchego, porto seguro da vida que está se formando desde o primeiro instante da concepção. Ventre que tristemente acaba se tornando calabouço, local de terror e de morte...

A propósito, você já viu a reação desesperada de um bebê de 12 semanas ao ser vítima de um aborto? Não? Então assista a parte 3 do documentário "O Grito Silencioso" (clique aqui). O documentário é do médico dr. Bernard Nathanson, que de abortista convicto converteu-se a ardoroso militante pró-vida após ver, através de uma ultra-sonografia, o quão terrível era o ato que por milhares de vezes repetiu.

Todas essas imagens escancaram exatamente o que é o aborto: um assassinato. E assassinato de uma vida inocente e indefesa. Indefesa porque não pode reagir, se torna refém de sua própria mãe e dentro de sua própria "casinha". A vida a qual esse bebê tem um inalienável direito, lhe é brutalmente tirada.








Via-Sacra dos inocentes

Texto: Richard Thaimann





1- CONDENAÇÃO










Eu fui condenado à morte antes de ter nascido.

A mim ninguém deu amor, pois a mim ninguém quer.












2- JESUS COM A CRUZ







Carregaram-me com a maldição de ser indesejado.

Todos me amaldiçoam, terei de ser “eliminado”.










3- PRIMEIRA QUEDA




Eu sou um pecado, “uma queda”.

“Ninguém pode ser obrigado a carregar o erro de uma gravidez não desejada!”







4- ENCONTRO COM A MÃE
















Quão doloroso, Senhor, foi o teu encontro!

Eu... eu não tenho mãe que me encontre e chore!

Eu estou encarcerado no ventre de uma mulher que manda me matar!






5- O CIRINEU




Alguém ajudou-te a levar a cruz.

A mim... a mim ninguém ajuda!

O médico dará à mamãe um narcótico para que ela não sofra quando eu sofrer a morte!







6- A VERÔNICA




Oh! Quem me dera uma Verônica que me consolasse na minha condenação!

Ninguém sabe da minha situação!

A “lei” cala os próprios cristãos!








7- SEGUNDA QUEDA




É fácil mandar me matar enquanto sou pequeno!

Meu pai faz cálculos; quanto vou lhe custar?

Minha morte sai “mais barato”!

Daí... tenho que morrer!






8- AS MULHERES




De que te serviram, Senhor, as lágrimas das mulheres?

Não puderam impedir a tua morte!

De que me valem as “leis”? “Legalizam” a minha morte!






9- TERCEIRA QUEDA


















A queda é fatal: eu tenho que morrer!

Estão confirmados os cálculos: não há lugar para mim! Não há um pedacinho de pão para mim neste vale de lágrimas.

Tenho que morrer!






10- JESUS DESPIDO




A ti despiram-te de suas vestes. Eu nunca tive uma veste!

Apenas a minha pele.

Mas mesmo assim... agarram-me com segurança!






11- CRUCIFICAÇÃO


















A ti pregaram numa cruz.

A mim partem em pedaços.

E também “contam todos os pedacinhos...” para terem a certeza de que mamãe não ficará com infecção.






12- MORTE NA CRUZ




Tu morres.

Eu também.

Tu és inocente.

Eu também.

Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino... no teu Reino de Vida Eterna.






13- DESCIDO DA CRUZ




Morto, pudeste repousar no regaço de quem nasceste...

Mas a mim renovam-me apenas a maldição...

Porque serei uma carga a pesar... na consciência!







14- NO TÚMULO
















A ti ofereceram um túmulo.

Para mim, apenas o monturo de lixo!

Lá esperarei o Juízo Final, quando terei de fazer o meu depoimento contra “meus pais”.