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"Quem entender corretamente o axioma 'Fora da Igreja não há salvação', terá compreensão muito melhor de certas atitudes da Igreja, tantas vezes taxadas de intolerantes, fanáticas ou imperialistas.
A chamada intolerância da Igreja é apenas a consciência de que Cristo lhe confiou as chaves do Reino dos céus e que, portanto, os homens se salvam normalmente quando são membros integrais do Corpo Místico. Sem dúvida já o repetimos muitas vezes que não é apenas de forma teórica, mas também na prática é possível a salvação no seio do paganismo, da heresia, do cisma, para quem está de boa fé e vive segundo sua consciência e os ímpetos secretos da graça. Porém não resta dúvida de que será muito mais difícil e arriscado. É, pois, lógico que a Igreja queira proteger seus membros contra este risco; lógico que ela resguarde com intransigência, não já privilégios seus, senão verdades às quais é a primeira a submeter-se. Muitas vezes perguntam por que a Igreja não faz concessões, não se amolda à mentalidade de hoje, permitindo, por exemplo, o divórcio, ou abandonando a crença no inferno. Esquecem que não está nas mãos da Igreja. Ela não tem o direito de variar a seu arbítrio o dogma e a moral. Estes lhe foram confiados pelo Esposo como um simples 'depósito' a ser fielmente guardado (II Tm 1,14). Não pode desviá-lo. Encara, então, com destemor a impopularidade, não já para acautelar interesses humanos, mas para defender a causa de Cristo.
Atiram à Igreja a pecha de intolerante não apenas por não querer pactuar com seitas dissidentes ou governos anti-cristãos, mas ainda porque impõe a seus filhos uma série de interdições. Mas o motivo é sempre o mesmo. Os fiéis - tal qual o 'depósito' - não pertencem aos patores, mas a Cristo. 'Apascenta as minhas ovelhas', disse Jesus a Pedro (Jo 21, 15-17). É, pois, dever da Igreja fazer o impossível para concervar aos fiéis o caráter de membros integrais; tomar cuidado dessas conquistas que ela deu a Cristo, velar por elas, alimentar-lhes o fervor, resguardá-las para que nenhuma só venha a desgarrar-se e a perder-se". (O Mistério da Igreja - Pe. Dr. M. Teixeira-Leite Penido - Ed. Vozes - 1956 - pgs. 193/194)
2 comentários:
É verdade... Ao lado daqueles que tem a mesma fé que temos já fica complicado, às vezes, perseverarmos na graça, imagine se partilhássemos todos outra fé. Mais difícil ainda. Bem-vindo a blogosfera! ;)
Parabéns pela iniciativa, meu caro Luiz Henrique. Isso é um autêntico testemunho.
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