Como sempre acontece quando a Igreja diz a verdade, tem gerado uma enorme polêmica a publicação do documento "Respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja" , pela Congregação para a Doutrina da Fé.
O pior é que muitas vezes a polêmica acontece mais dentro da Igreja do que fora... Alguns, tanto jornalistas quanto católicos mal formados, dizem: "na contra-mão do Concílio Vaticano II, Papa afirma que a Igreja Católica é a única verdadeira". Coisa de quem não se deu ao trabalho de ler o documento, ou teria notado que ele é quase inteiramente composto por textos do Concílio.
A bem da verdade esse documento não traz nada de novo, apenas dá uma interpretação ortodoxa para alguns textos ambíguos do Concílio Vaticano II. E não podemos esquecer que isso já havia sido feito no ano 2000 na Declaração "Dominus Iesus" (documento belíssimo e que merece um estudo atento por parte de todo católico)
O pior é que muitas vezes a polêmica acontece mais dentro da Igreja do que fora... Alguns, tanto jornalistas quanto católicos mal formados, dizem: "na contra-mão do Concílio Vaticano II, Papa afirma que a Igreja Católica é a única verdadeira". Coisa de quem não se deu ao trabalho de ler o documento, ou teria notado que ele é quase inteiramente composto por textos do Concílio.
A bem da verdade esse documento não traz nada de novo, apenas dá uma interpretação ortodoxa para alguns textos ambíguos do Concílio Vaticano II. E não podemos esquecer que isso já havia sido feito no ano 2000 na Declaração "Dominus Iesus" (documento belíssimo e que merece um estudo atento por parte de todo católico)
Desde o seu primeiro pronunciamento como Papa, Bento XVI tem afirmado que um de seus compromissos é dar uma correta interpretação para o Concílio Vaticano II, interpretação de acordo com a bi-milenar Tradição da Igreja.
O Papa denunciou num discurso à Cúria no dia 22/12/2005 o que chamou de "hermenêutica da descontinuidade e da ruptura", ou seja, uma maneira de interpretar o Concílio que rompe com todo o passado da Igreja. Essa hermenêutica leva, como também disse o Papa, a estabelecer uma divisão entre Igreja pré-conciliar e Igreja pós-conciliar, como se com Concílio Vaticano II tivesse nascido uma "Nova Igreja".
O Papa denunciou num discurso à Cúria no dia 22/12/2005 o que chamou de "hermenêutica da descontinuidade e da ruptura", ou seja, uma maneira de interpretar o Concílio que rompe com todo o passado da Igreja. Essa hermenêutica leva, como também disse o Papa, a estabelecer uma divisão entre Igreja pré-conciliar e Igreja pós-conciliar, como se com Concílio Vaticano II tivesse nascido uma "Nova Igreja".
Por outro lado, existe também o que o Papa chamou de "hermenêutica da continuidade e da reforma", que busca a autêntica renovação e aplicação das diretrizes conciliares.
Quem viveu ou estuda os últimos 40 anos de história da Igreja sabe que o que predominou entre essas duas hermenêuticas foi a da descontinuidade.
É reconhecido por qualquer pessoa que estude o tema que o Concílio Vaticano II se expressou em seus textos de forma bastante ambígua. Exemplo disso é a afirmação da Lumen Gentium que "a Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica", sendo que desde os tempos primitivos foi ensinado que a "Igreja de Cristo é a Igreja Católica". Prova da ambiguidade do termo é que pela segunda vez a Congregação para a Doutrina da Fé está se manifestando a respeito disso, dando a correta interpretação.
A questão da "liberdade religiosa" manifestada pelo Concílio também de forma ambígua através da Declaração "Dignitatis Humanae" foi explicada pelo papa no discurso acima citado.
Quem viveu ou estuda os últimos 40 anos de história da Igreja sabe que o que predominou entre essas duas hermenêuticas foi a da descontinuidade.
É reconhecido por qualquer pessoa que estude o tema que o Concílio Vaticano II se expressou em seus textos de forma bastante ambígua. Exemplo disso é a afirmação da Lumen Gentium que "a Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica", sendo que desde os tempos primitivos foi ensinado que a "Igreja de Cristo é a Igreja Católica". Prova da ambiguidade do termo é que pela segunda vez a Congregação para a Doutrina da Fé está se manifestando a respeito disso, dando a correta interpretação.
A questão da "liberdade religiosa" manifestada pelo Concílio também de forma ambígua através da Declaração "Dignitatis Humanae" foi explicada pelo papa no discurso acima citado.
A Reforma Litúrgica, igualmente levada a cabo segundo essa "hermenêutica da descontinuidade", também ganha mais relevo agora com a publicação do Motu Proprio "Summorum Pontificum". Aliás esse documento só será devidamente compreendido se se tiver em mente esse desejo de Bento XVI de aplicar corretamente as diretrizes do Concílio Vaticano II. No caso do Motu Proprio, isso ficou evidente quando ele diz que deseja que os dois Missais enriqueçam-se mutuamente. É a reforma da reforma litúrgica (o pano de fundo desse documento) tomando corpo! Uma reforma verdadeiramente fiel ao Concílio Vaticano II e sem ruptura com a Tradição!
Creio que outras ações do Santo Padre para dar uma correta interpretação do Concílio virão à público, pois esse é o programa principal de seu pontificado e a maior necessidade da Igreja atualmente. Apontando para esse caminho, no ano passado foi criado o "Instituto do Bom Pastor", que têm em seu estatuto aprovado pelo Papa a missão de:
Eis o pontificado de Bento XVI!
Viva o Papa!
Creio que outras ações do Santo Padre para dar uma correta interpretação do Concílio virão à público, pois esse é o programa principal de seu pontificado e a maior necessidade da Igreja atualmente. Apontando para esse caminho, no ano passado foi criado o "Instituto do Bom Pastor", que têm em seu estatuto aprovado pelo Papa a missão de:
- celebrar exclusivamente a Missa de São Pio V;
- abir paróquias tradicionais cuja vida litúrgica seja toda regida pelo Missal de São Pio V (batismo, casamentos, etc.)
- sob a orientação do Papa, realizar um exame crítico para uma autêntica interpretação do Concílio Vaticano II.
Eis o pontificado de Bento XVI!
Viva o Papa!
3 comentários:
E no documento eu achei muito interessante a observação sobre "subsiste". Eu também acho o termo melhor que o verbo "é"... Não é uma questão de relativismo, mas um "A Igreja Católica é a Igreja de Cristo" me faz (particularmente) acreditar que as demais comunidades cristãs não são de Cristo. E documento vem dizer, se entendi bem (se!), que há elementos de salvação em comunidades protestantes, por exemplo. Mas que todos os elementos subsistem na Igreja Católica, que divide sua linha de sucessão apostólica com o Ortodoxismo. Enfim... Valorizemos - protejamos! - a Tradição da Igreja, mas é inevitável perceber que não somos os mesmos, embora a Tradição permaneça. Acho muito esquisito esse desejo de "permanência", de "tradicionalismo", "tudo como antes"... Não sei. Não somos os mesmos e não vivemos como os nossos pais! :)Perdoe tantas palavras... Mas seu post, muito atual e coerente, muito bom, mereceu.
Wagner, obrigado pela visita e comentário!
Creio que o problema maior do "subsiste" foi o próprio Concílio não ter explicado melhor o que estava dizendo... a velha ambiguidade. Deu no que deu...
Por outro lado, as demais comunidades cristãs (protestantes) não são de Cristo mesmo... os elementos de salvação que nela existem pertencem à Igreja Católica e a ela conduzem; não são méritos das próprias comunidades. Um protestante que se salve, se salva APESAR de ser protestante e não POR SER.
Concordo que algumas coisas podem e devem mudar (não em Fé e Moral, claro). Só não podemos, e esso foi o erro do pós-concílio, acharmos que por não sermos os mesmos de ontem, devemos sair mudando tudo... pois Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre!
Valeu! Volte sempre! =)
Luiz
Na próxima sexta-feira, dia 20, realiza-se uma oração de TaiZé pelo Darfur , às 19h45m, na Igreja de S. Nicolau, na Baixa de Lisboa.
Participa e divulga! Se não puderes estar presente, reza na mesma.
bjs em Cristo
Maria João
Fé e Missão (Missionários Combonianos)
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