É bem sabido para qualquer católico que se preze que a Santa Missa é nosso maior tesouro. Tesouro este que nos dias de hoje, infelizmente, não está ao nosso alcance com facilidade, na igreja mais próxima. Muitas vezes precisamos ir em busca desse tão grande tesouro...
No último sábado à noite, dia 18/02/09, eu, minha esposa e meu filho viajamos até a região de Campinas, mais precisamente a cidade de Sumaré, para visitar a avó de minha esposa. O plano era, no domingo, assistir a Santa Missa pela manhã, almoçar e no final da tarde voltarmos para São Paulo. Assim o fizemos...
Como decidimos já no sábado à noite a fazer essa visita, não tive tempo de confirmar o endereço e os horários das missas na Capela São Tomás de Aquino (fotos e informações aqui e aqui), que vi receber elogios no site Salvem a Liturgia, só sabia que ficava na escola de cadetes em Campinas. Fiquei um tanto decepcionado por ir tão próximo e não conhecer a capela, mas conformei-me em deixar para uma próxima oportunidade.
No domingo pela manhã fomos até a Paróquia São Miguel Arcanjo. Logo ao entrar, preocupou-me o fato de no lugar da imagem de Cristo crucificado, existir uma imagem de Cristo ressuscitado. Pensei comigo: bem, isso tanto pode significar um duvidoso gosto estético do pároco, quanto pode significar uma negação do sacrifício de Cristo por parte do mesmo (se duvida que isso seja possível, clique aqui para ler uma aterradora notícia). Após os acontecimentos, temo que ele se enquadre na segunda hipótese...
A banda ensaiava em alto e bom som...
Alguns minutos antes da Missa surge o sacerdote, que depois descobri o nome: Conêgo José Veríssimo Cibinel. Enquanto atravessava o presbitério, ajeitava-se dentro de sua alva que de tão amassada parecia ter sido retirada de dentro de uma apertada garrafa... E eu, de onde estava, podia ver que dentro da sacristia um grupo de mais ou menos sete pessoas vestiam capas com o mesmo recorte da dalmática utilizada pelos diáconos, eram leitores, comentaristas, MEC's, etc.
Minha esposa me faz uma tentadora proposta: "Vamos embora, procuramos outra igreja e assistimos a Missa à tarde". Eu, teimoso, insisto em ficar...
Começa a procissão de entrada, o Côn. José Veríssimo entra alegremente batendo palmas e acenando para as crianças, nem de longe parecia que iria "subir ao altar de Deus", como possivelmente rezou em sua primeira Missa.
Ao tomar o microfone, tive certeza que deveria ter aceitado a proposta de minha esposa. Se expressava pessimamente para um sacerdote. Então ele anunciou e um grupo de crianças chamados de "Pequeninos do Senhor" entrou em procissão.
O referido sacerdote se expressa da seguinte maneira em relação àquele grupo de crianças: "Eles vão celebrar a Missa ao modo deles lá no salão, pois se ficarem aqui não vão entender nada, não vão aproveitar nada, então vão lá celebrar a Missa deles. Mas só vão as meninas bonitas, as feias podem ficar aqui na igreja; e só vão os meninos espertos, os vagabundos também vão ficar aqui .... hahahahahaha".
O absurdo começa com a afirmação de que crianças vão "celebrar a missa ao modo delas", depois pensei o quão triste é um sacerdote por pra fora da igreja as crianças, elas que desde cedo deveriam se acostumar a estar na casa de Deus e a assistir a Santa Missa. Por outro lado, comecei a pensar que não estar ali na igreja seria até benéfico para elas, as pouparia de verem tanta bagunça e desrespeito para com a Liturgia, evitando que aprendam errado o que é a Missa.
Iniciada a celebração, o padre pula arbitrariamente o Ato Penitencial, indo direto para o canto do Glória (que seguindo o triste e errado costume atual no Brasil, teve sua letra alterada).
Após as leituras, Côn. José Veríssimo anuncia "Evangelho de Jesus Cristo segundo João" e vai para o centro do presbitério, então começa a narrar o Evangelho com suas próprias palavras!!! Quando chega no momento em que Nosso Senhor no Evangelho diz aos apóstolos "A paz esteja convosco!", o padre faz um sinal para a banda e essa passa a cantar "A paz esteja contigo, a paz esteja comigo, a paz esteja com ele, com ela e com todos os irmãos...".
Foi a gota d'agua!
Temendo o que poderia acontecer dali em diante, mais especificamente na consagração, olhei para minha esposa e disse: "Vamos?", ela concordou e nos retiramos. Foi a primeira vez que me retirei de uma igreja no meio da Santa Missa por causa de abusos, embora já tenha suportado muita coisa, mas nunca tinha visto tamanho indiferença e desrespeito com a Sagrada Liturgia.
Voltamos para a casa da avó de minha esposa. Comentei com um dos tios dela sobre a Capela São Tomás de Aquino na Escola de Cadetes. Ele disse que conhecia a Escola e que não ficava longe de onde estávamos, e ainda se ofereceu para ir comigo de moto até lá naquele momento, assim eu poderia conhecer o caminho e o horário da missa da tarde. Providência de Deus!
Então eu, que definitivamente não morro de amores por motos, me vi na garupa de uma, em plena Rodovia Anhanguera, em busca do Sacrifício de Cristo dignamente celebrado.
Caminho aprendido, horário confirmado, lá fomos nós à noite na Capela São Tomás de Aquino.
As fotos que indiquei acima testemunham a beleza da capela e a dignidade com que o pe. João Batista celebra o Santo Sacrifício da Missa. Música tranquila e de acordo com a liturgia, comunhão de joelhos e na boca, a consagração e a doxologia em latim, com direito a "Ite Missa est, Aleluia / Deo gratias, Aleluia" cantado no final.
Uma celebração simples, mas feita com muito zelo e dignidade. Depois do terrorismo liturgico que presenciei pela manhã, me vi no céu!
Enfim, por graça e providência de Deus, meu domingo foi salvo.
Rezemos pelo Conêgo José Veríssimo Cibinel para que possa ver o mal que está fazendo a seus paroquianos e passe então a celebrar com zelo e dignidade, nunca se esquecendo que deve celebrar cada Missa como se fosse a primeria, como se fosse a última, como se fosse a única!
Rezemos também pelo pe. João Batista, para que se mantenha firme na fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo e à Sua Santa Igreja.
Como decidimos já no sábado à noite a fazer essa visita, não tive tempo de confirmar o endereço e os horários das missas na Capela São Tomás de Aquino (fotos e informações aqui e aqui), que vi receber elogios no site Salvem a Liturgia, só sabia que ficava na escola de cadetes em Campinas. Fiquei um tanto decepcionado por ir tão próximo e não conhecer a capela, mas conformei-me em deixar para uma próxima oportunidade.
No domingo pela manhã fomos até a Paróquia São Miguel Arcanjo. Logo ao entrar, preocupou-me o fato de no lugar da imagem de Cristo crucificado, existir uma imagem de Cristo ressuscitado. Pensei comigo: bem, isso tanto pode significar um duvidoso gosto estético do pároco, quanto pode significar uma negação do sacrifício de Cristo por parte do mesmo (se duvida que isso seja possível, clique aqui para ler uma aterradora notícia). Após os acontecimentos, temo que ele se enquadre na segunda hipótese...
A banda ensaiava em alto e bom som...
Alguns minutos antes da Missa surge o sacerdote, que depois descobri o nome: Conêgo José Veríssimo Cibinel. Enquanto atravessava o presbitério, ajeitava-se dentro de sua alva que de tão amassada parecia ter sido retirada de dentro de uma apertada garrafa... E eu, de onde estava, podia ver que dentro da sacristia um grupo de mais ou menos sete pessoas vestiam capas com o mesmo recorte da dalmática utilizada pelos diáconos, eram leitores, comentaristas, MEC's, etc.
Minha esposa me faz uma tentadora proposta: "Vamos embora, procuramos outra igreja e assistimos a Missa à tarde". Eu, teimoso, insisto em ficar...
Começa a procissão de entrada, o Côn. José Veríssimo entra alegremente batendo palmas e acenando para as crianças, nem de longe parecia que iria "subir ao altar de Deus", como possivelmente rezou em sua primeira Missa.
Ao tomar o microfone, tive certeza que deveria ter aceitado a proposta de minha esposa. Se expressava pessimamente para um sacerdote. Então ele anunciou e um grupo de crianças chamados de "Pequeninos do Senhor" entrou em procissão.
O referido sacerdote se expressa da seguinte maneira em relação àquele grupo de crianças: "Eles vão celebrar a Missa ao modo deles lá no salão, pois se ficarem aqui não vão entender nada, não vão aproveitar nada, então vão lá celebrar a Missa deles. Mas só vão as meninas bonitas, as feias podem ficar aqui na igreja; e só vão os meninos espertos, os vagabundos também vão ficar aqui .... hahahahahaha".
O absurdo começa com a afirmação de que crianças vão "celebrar a missa ao modo delas", depois pensei o quão triste é um sacerdote por pra fora da igreja as crianças, elas que desde cedo deveriam se acostumar a estar na casa de Deus e a assistir a Santa Missa. Por outro lado, comecei a pensar que não estar ali na igreja seria até benéfico para elas, as pouparia de verem tanta bagunça e desrespeito para com a Liturgia, evitando que aprendam errado o que é a Missa.
Iniciada a celebração, o padre pula arbitrariamente o Ato Penitencial, indo direto para o canto do Glória (que seguindo o triste e errado costume atual no Brasil, teve sua letra alterada).
Após as leituras, Côn. José Veríssimo anuncia "Evangelho de Jesus Cristo segundo João" e vai para o centro do presbitério, então começa a narrar o Evangelho com suas próprias palavras!!! Quando chega no momento em que Nosso Senhor no Evangelho diz aos apóstolos "A paz esteja convosco!", o padre faz um sinal para a banda e essa passa a cantar "A paz esteja contigo, a paz esteja comigo, a paz esteja com ele, com ela e com todos os irmãos...".
Foi a gota d'agua!
Temendo o que poderia acontecer dali em diante, mais especificamente na consagração, olhei para minha esposa e disse: "Vamos?", ela concordou e nos retiramos. Foi a primeira vez que me retirei de uma igreja no meio da Santa Missa por causa de abusos, embora já tenha suportado muita coisa, mas nunca tinha visto tamanho indiferença e desrespeito com a Sagrada Liturgia.
Voltamos para a casa da avó de minha esposa. Comentei com um dos tios dela sobre a Capela São Tomás de Aquino na Escola de Cadetes. Ele disse que conhecia a Escola e que não ficava longe de onde estávamos, e ainda se ofereceu para ir comigo de moto até lá naquele momento, assim eu poderia conhecer o caminho e o horário da missa da tarde. Providência de Deus!
Então eu, que definitivamente não morro de amores por motos, me vi na garupa de uma, em plena Rodovia Anhanguera, em busca do Sacrifício de Cristo dignamente celebrado.
Caminho aprendido, horário confirmado, lá fomos nós à noite na Capela São Tomás de Aquino.
As fotos que indiquei acima testemunham a beleza da capela e a dignidade com que o pe. João Batista celebra o Santo Sacrifício da Missa. Música tranquila e de acordo com a liturgia, comunhão de joelhos e na boca, a consagração e a doxologia em latim, com direito a "Ite Missa est, Aleluia / Deo gratias, Aleluia" cantado no final.
Uma celebração simples, mas feita com muito zelo e dignidade. Depois do terrorismo liturgico que presenciei pela manhã, me vi no céu!
Enfim, por graça e providência de Deus, meu domingo foi salvo.
Rezemos pelo Conêgo José Veríssimo Cibinel para que possa ver o mal que está fazendo a seus paroquianos e passe então a celebrar com zelo e dignidade, nunca se esquecendo que deve celebrar cada Missa como se fosse a primeria, como se fosse a última, como se fosse a única!
Rezemos também pelo pe. João Batista, para que se mantenha firme na fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo e à Sua Santa Igreja.
Um comentário:
Olá meu caro irmão!
Acredito que você precisa aprender algumas coisas.
O nosso maior tesouro é Jesus Cristo, que morreu por nós para a remissão de nossos pecados.
Você foi à igreja em busca de Deus ou em busca do padre?
Infelizmente ainda existem muitas pessoas com uma mentalidade fechada e recheda de idéias pré-concebidas.
Como bom cristão você deveria saber que a imagem de Jesus Resuscitado é uma imagem apenas. Se na sua mente é preciso que haja uma imagem de Jesus na cruz para que você se lembre do sacrifício feito por Ele para salvar a humanidade, algo de errado está com o seu cristianismo.
O Padre Veríssimo é um homem muito íntegro e brincalhão, celebra a missa com muito dinamismo, nos faz mergulhar nas profundezas do evangelho. A Bíblia não é para ser somente lida como qualquer livro, o mais importante é que ela seja interpretada e entendida.
Existem pessoas como você que se prendem a ritos tradicionais. Perdão a Deus, temos que pedir a todo momento meu amigo, não somente na igreja.
Experimente ir à missa sem se preocupar com que o padre vai falar, ou com a forma da Igreja ou da capela, mas vá para buscar um contato íntimo com Deus.
É um momento seu. Aproveite.
Grato
Roberto Oliveira
Membro da Paróquia São Miguel Arcanjo - Sumaré
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