sexta-feira, 20 de julho de 2007

Versus Deum per Iesum Christum


Versus Deum per Iesum Christum


Publico abaixo artigo de Rafael Vitola Brodbeck tratando da posição do sacerdote durante a celebração da Santa Missa.

Interessante a referência que o articulista faz ao "clericalismo" existente na Missa celebrada versus populum. Essa referência também foi feita pelo então Cardeal Jospeh Ratzinger em seu livro "Introdução ao Espírito da Liturgia", afirmando que o destaque que se dá ao sacerdote quando celebra voltado para o povo o torna o ponto principal de toda a Missa: "[a mudança na posição do sacerdote e do altar] levou a uma clericalização jamais vista. O sacerdote - ou melhor, o agora chamado presidente da celebração - torna-se o ponto de referência do todo. Tudo depende dele. É necessário vê-lo, participar na sua ação, responder-lhe; tudo assenta na sua criatividade. (...) Cada vez menos é Deus que se encontra em destaque, cada vez mais importância ganha tudo o que as pessoas aqui reunidas fazem e que em nada se querem submeter a um 'esquema prescrito'. O sacerdote que se volta para a comunidade forma, juntamente com ela, um círculo fechado em si. A sua forma deixou de ser aberta para cima e para frente; ela encerra-se em si própria." (Joseph Ratzinger, Introdução ao Espírito da Liturgia - Ed. Paulinas, pag 59 - destaque meu)

Particularmente sou um entusiasta da Missa celebrada versus Deum, pois fica muito mais forte o sinal de que ocorre algo sagrado, um sacrifício. Como explica Rafael em seu artigo, o sacerdote volta-se para Deus para representar o povo nas orações e no oferecimento do sacrifício do Corpo e Sangue de Cristo; e volta-se para o povo quando proclama o Evagelho e faz a homilia, representando Deus que ensina seus filhos.


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Missa de frente para Deus - versus Deum - também no rito novo?

Por Dr. Rafael Vitola Brodbeck


Muitos pensam que o Missal de 1970, o Novus Ordo, instituindo a nova forma de celebrar a Missa romana, modificou a direção a qual deve estar voltado o sacerdote celebrante. Ledo engano, a posição do ofertante foi mantida a mesma. É o que informam recentes documentos da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, bem como o próprio Papa Bento XVI, à época Cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, em entrevista por ocasião do lançamento de seu livro "Introdução ao Espírito da Liturgia". Também das próprias rubricas do Missal Romano de Paulo VI encontramos as informações que confirmam tal ensino: o sacerdote deve, segundo tais textos, durante a Liturgia Eucarística, “voltar-se para o povo” durante alguns atos; isto significa que, se deve voltar-se ao povo, é porque antes estava voltado ad Orientem. “Estes avisos que em certos momentos o sacerdote esteja ‘voltado para o povo’ seriam supérfluos, se o sacerdote durante toda a celebração ficasse atrás do altar e frente ao povo.” (RUDROFF, Pe. Francisco. Santa Missa, Mistério de nossa Fé. 1996, Serviço de Animação Eucarística Mariana, Anápolis, com apresentação de Dom Manoel Pestana Filho, Bispo Diocesano de Anápolis, p. 110, nota 37; cf. ELLIOTT, Mons. Peter. Cerimonies of the Modern Roman Rite, 1995, Ignatius Press, San Francisco, p. 23)

Isso, aliás, não é nenhuma surpresa, uma vez que nunca a posição ad Orientem foi expressamente proibida por algum decreto, nem esse foi o desejo dos Padres do Concílio Vaticano II, autor da reforma litúrgica. Outrossim, essa é a forma histórica de oferecimento da Missa, observada inclusive pelos ritos orientais.

Mesmo assim, ainda que a norma seja a manutenção da direção do sacerdote ad Orientem, também conhecida como versus Deum foi permitida pela reforma a posição versus populum, i.e., voltado para o povo, atrás do altar, forma, aliás, que se disseminou mundialmente, tornando-se bastante popular, por força da Instrução Geral do Missal Romano.

Uma nota publicada, em 1993, pela Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos , em seu boletim Notitiae, reafirmou o valor de ambas as opções, celebração versus populum ou versus Deum, de modo que quaisquer dúvidas devem ser dissipadas.

O motivo da celebração versus Deum, ad Orientem, é principalmente o reforço do caráter do sacerdote como sendo o próprio Cristo, seu sacerdócio unido, pela Ordem, ao de Nosso Senhor e Salvador. Assim, “de costas para o povo”, o padre está, na verdade, à sua frente, como líder, como aquele que, em nome da humanidade, mostra-se diante de Deus, e, agindo Cristo por Ele, oferece um sacrifício. Virando-se para os fiéis nos momentos oportunos, é o representante de Deus que nos dá a bênção. E, desse modo, por ser Cristo Deus e Homem ao mesmo tempo, o padre, se é Seu ministro, age ora representando a humanidade ora a divindade, e a Única Pessoa de Jesus, em Suas duas naturezas, mediante o sacerdócio dos que Lhe são especialmente consagrados pelo sacramento da Ordem, oferece Seu sacrifício por nossos pecados.

“(...) a imolação incruenta, por meio da qual, depois de pronunciadas as palavras da Consagração, Jesus Cristo torna-se presente sobre o altar no estado de Vítima, é levada a cabo somente pelo sacerdote, enquanto representante da Pessoa de Cristo, e não enquanto representante da pessoa dos fiéis.” (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Encíclica Mediator Dei)

Além do quê, na Missa, mesmo versus populum, sempre estamos “de costas” uns para os outros. Que mal há no padre também ficar?

Mais ainda, ele não está simplesmente dando as costas ao povo, mas virando-se, junto com ele, para a mesma direção. O sacerdote, na Missa versus Deum, posiciona-se exatamente com o restante dos fiéis: todos miram o mesmo alvo, todos olham para o mesmo lugar, todos estão alinhados, como um verdadeiro povo, à frente do qual está o sacerdote, seu líder. Interessante é observar que os setores liberais e progressistas, defendendo a exclusividade da Missa versus populum, acabam criando um clericalismo que eles mesmos criticam, opondo sacerdote e fiéis uns aos outros.

Além disso, por óbvio centra a atenção do povo no sacerdote e a atenção do sacerdote no povo, ao invés de ambos centrarem-se em Deus. O culto versus populum acaba, na prática, favorecendo o antropocentrismo. Evidentemente, nem todos os que celebram versus populum assim o fazem, pois é perfeitamente possível a Missa externamente voltada para o povo e, ao mesmo tempo, espiritualmente centrada em Deus. “Quando o sacerdote celebra versus populum, sua orientação espiritual deveria ser sempre versus Deum per Iesum Christum [para Deus, por meio de Jesus Cristo].” (Cardeal Joseph Ratzinger, A introdução do decano do Sacro Colégio ao livro de Uwe Michael Lang, in 30 Dias, disponível em http://www.30giorni.it/br/articolo.asp?id=3510) Entretanto, ainda que a versus populum não seja, em si, antropocêntrica ou negadora da absoluta centralidade de Cristo na Eucaristia, não há como negar que a celebração versus Deum favorece, pela posição do sacerdote, a centralização da Missa em Deus.

Sem dúvida que em qualquer posição, o padre olha para Deus. Mas a posição versus Deum é mais simbólica nesse sentido. Até porque, por tal argumento, deveríamos, então, em vez de olhar para o altar, olharmos todos uns para os outros. O padre não fica "de costas, propriamente, mas "olhando na mesma direção que nós".

Posição esta que é tradicional não só no rito romano (seja o tradicional, seja o novo - apesar de, nesta última forma, não ser tão comum), como nos ritos orientais (e mesmo nos demais ritos latinos).

“Sobre a orientação do altar para o povo, não há sequer uma palavra no texto conciliar. Ela é mencionada em instruções pós-conciliares. A mais importante delas é a Institutio generalis Missalis Romani, a Introdução Geral ao novo Missal Romano, de 1969, onde, no número 262, se lê: “O altar maior deve ser construído separado da parede, de modo a que se possa facilmente andar ao seu redor e celebrar, nele, olhando na direção do povo [versus populum]”. A introdução à nova edição do Missal Romano, de 2002, retomou esse texto à letra, mas, no final, acrescentou o seguinte: “Isso é desejável sempre que possível”. Esse acréscimo foi lido por muitos como um enrijecimento do texto de 1969, no sentido de que agora haveria uma obrigação geral de construir - “sempre que possível” - os altares voltados para o povo. Essa interpretação, porém, já havia sido repelida pela Congregação para o Culto Divino, que tem competência sobre a questão, em 25 de setembro de 2000, quando explicou que a palavra “expedit” [é desejável] não exprime uma obrigação (...).” (Ratzinger, op. cit.)

“Por último, penso que se o sacerdote rezasse, em algumas ocasiões, a Liturgia Eucarística versus Deum – algo perfeitamente possível segundo as normas atuais –, isso também ajudaria a perceber qual é a orientação espiritual da Liturgia – em direção a Deus, o que não significa nenhum desprezo do Povo. Aliás, alguém diz para a pessoa do banco da frente: ‘você está de costas para mim’?; ou que os noivos, no sacramento do Matrimônio, estão de ‘costas para o povo’?” (BELLO, Joathas, Algumas reflexões sobre a liturgia, disponível em http://ictys.blogspot.com/2005/10/algumas-reflexes-sobre-liturgia.html)

Em resumo, no Novus Ordo Missae, na forma de rito romano promulgada por Paulo VI, em uso na Igreja Ocidental desde então, pode o sacerdote, sem problema algum nem oposição dos superiores ou dos Ordinários, celebrar "de costas aos fiéis", na posição versus Deum, tradicional, própria, e muito mais rica dos pontos-de-vista teológico, histórico e mesmo espiritual. Longe de afastar os fiéis, essa prática só os faz crescer ainda mais na compreensão do mistério da Cruz, tornado presente em cada Santa Missa. Tomara essa posição do sacerdote seja revalorizada, para que o antropocentrismo dê lugar a quem de direito, ainda mais na Missa, Cristo Rei, que no altar, invisível e incruentamente, se imola ao Pai por nós. Mais elevados espiritualmente, melhores cristãos sairão os fiéis de uma Missa em que se observe até mesmo esse aparente detalhe da posição do celebrante: embora, substancialmente, a Missa seja a mesma, tal elemento acidental muito favorece a que tenhamos a correta apreensão da idéia de sacrifício, além de acrescentar à sacralidade do rito e à piedade de todos os que dela tomam parte, transmitindo a riqueza multissecular da Santa Igreja Católica.

sábado, 14 de julho de 2007

Extra Ecclesiam nullus omnio salvatur

Como sempre acontece quando a Igreja diz a verdade, tem gerado uma enorme polêmica a publicação do documento "Respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja" , pela Congregação para a Doutrina da Fé.

O pior é que muitas vezes a polêmica acontece mais dentro da Igreja do que fora... Alguns, tanto jornalistas quanto católicos mal formados, dizem: "na contra-mão do Concílio Vaticano II, Papa afirma que a Igreja Católica é a única verdadeira". Coisa de quem não se deu ao trabalho de ler o documento, ou teria notado que ele é quase inteiramente composto por textos do Concílio.

A bem da verdade esse documento não traz nada de novo, apenas dá uma interpretação ortodoxa para alguns textos ambíguos do Concílio Vaticano II. E não podemos esquecer que isso já havia sido feito no ano 2000 na Declaração "Dominus Iesus" (documento belíssimo e que merece um estudo atento por parte de todo católico)

Desde o seu primeiro pronunciamento como Papa, Bento XVI tem afirmado que um de seus compromissos é dar uma correta interpretação para o Concílio Vaticano II, interpretação de acordo com a bi-milenar Tradição da Igreja.

O Papa denunciou num discurso à Cúria no dia 22/12/2005 o que chamou de "hermenêutica da descontinuidade e da ruptura", ou seja, uma maneira de interpretar o Concílio que rompe com todo o passado da Igreja. Essa hermenêutica leva, como também disse o Papa, a estabelecer uma divisão entre Igreja pré-conciliar e Igreja pós-conciliar, como se com Concílio Vaticano II tivesse nascido uma "Nova Igreja".

Por outro lado, existe também o que o Papa chamou de "hermenêutica da continuidade e da reforma", que busca a autêntica renovação e aplicação das diretrizes conciliares.

Quem viveu ou estuda os últimos 40 anos de história da Igreja sabe que o que predominou entre essas duas hermenêuticas foi a da descontinuidade.

É reconhecido por qualquer pessoa que estude o tema que o Concílio Vaticano II se expressou em seus textos de forma bastante ambígua. Exemplo disso é a afirmação da Lumen Gentium que "a Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica", sendo que desde os tempos primitivos foi ensinado que a "Igreja de Cristo é a Igreja Católica". Prova da ambiguidade do termo é que pela segunda vez a Congregação para a Doutrina da Fé está se manifestando a respeito disso, dando a correta interpretação.

A questão da "liberdade religiosa" manifestada pelo Concílio também de forma ambígua através da Declaração "Dignitatis Humanae" foi explicada pelo papa no discurso acima citado.

A Reforma Litúrgica, igualmente levada a cabo segundo essa "hermenêutica da descontinuidade", também ganha mais relevo agora com a publicação do Motu Proprio "Summorum Pontificum". Aliás esse documento só será devidamente compreendido se se tiver em mente esse desejo de Bento XVI de aplicar corretamente as diretrizes do Concílio Vaticano II. No caso do Motu Proprio, isso ficou evidente quando ele diz que deseja que os dois Missais enriqueçam-se mutuamente. É a reforma da reforma litúrgica (o pano de fundo desse documento) tomando corpo! Uma reforma verdadeiramente fiel ao Concílio Vaticano II e sem ruptura com a Tradição!

Creio que outras ações do Santo Padre para dar uma correta interpretação do Concílio virão à público, pois esse é o programa principal de seu pontificado e a maior necessidade da Igreja atualmente. Apontando para esse caminho, no ano passado foi criado o "Instituto do Bom Pastor", que têm em seu estatuto aprovado pelo Papa a missão de:
  1. celebrar exclusivamente a Missa de São Pio V;
  2. abir paróquias tradicionais cuja vida litúrgica seja toda regida pelo Missal de São Pio V (batismo, casamentos, etc.)
  3. sob a orientação do Papa, realizar um exame crítico para uma autêntica interpretação do Concílio Vaticano II.

Eis o pontificado de Bento XVI!

Viva o Papa!

sábado, 7 de julho de 2007

"Summorum Pontificum" publicado!




Foi publicado o tão aguardado, desejado e comentado Motu Proprio "Summorum Pontificum", dando liberdade de celebração para a Missa conforme o Rito de São Pio V (que era celebrado na Igreja antes da reforma litúrgica de 1969).

É importante deixar claro que o Papa concedeu indulto à Missa de São Pio V, não a "Missa em Latim" como a imprensa costuma dizer. Basta lembrar que a Missa Nova (de Paulo VI) também é, ordinariamente, em Latim. O uso do vernáculo é uma concessão da Igreja. Assim como a posição do sacerdote "versus Deum", que também é permitida na Missa Nova. O latim e a posição do sacerdote não são as características principais que diferenciam os dois ritos.

Até a hora que que postei esse texto, não existia uma versão do Motu Proprio em português, mas uma versão em espanhol já pode ser lida aqui. (update em 08/07/07: versão em portugûes da ACI Digital) É muito importante também ler a Carta aos Bispos que acompanha o Motu Proprio, essa com versão em português aqui. Nessa Carta o Papa esclarece alguns pontos importantes e deixa claro que esse indulto que ele concede à Missa de São Pio V não compromete a autoridade do Concílio Vaticano II.

Assim que puder escrevo algo mais completo sobre esse documento, um marco no pontificado de Bento XVI.

Por hora, destaco alguns pontos:

1. O Missal promulgado pelo Papa Paulo VI se mantêm como a forma ordinária de celebração litúrgica da Igreja Católica. O Missal promulgado pelo Papa São Pio V será a forma extraordinária. Assim, trata-se do mesmo "Rito Romano", um na forma ordinária (comum) e outro na forma extraordinária.

2. O Missal Antigo nunca foi abolido! E o Papa Bento XVI diz que é plenamente lícito celebrá-lo.

3. Sem a presença do povo, é lícito a qualquer sacerdote celebrar o Rito Antigo e sem necessidade de pedir permissão ao bispo diocesano. Aos fieis que desejem e solicitem ao sacerdote, podem tomar parte dessa celebração (tornando-se uma celebração com povo, claro). Assim, qualquer sacerdote, por piedade pessoal, pode passar a celebrar a Missa Tridentina privadamente; e alguns fieis felizardos podem tomar parte dela!

4. Nas paróquias que existam um grupo estável de fiéis que desejem a Missa Tridentina devem solicitar ao pároco, esse por sua vez deve acolher de bom grado tal solicitação.

5. Se o pároco não atender o pedidos desse grupo de fiéis, isso seja levado ao bispo. O Papa pede que os bispos procurem satisfazer o desejo dos fiéis, caso não seja possível por algum motivo o bispo deve solicitar ajuda à Comissão Ecclesia Dei (comissão fundada por João Paulo II na década de 80 para cuidar justamente disso).

6. As leituras serão em vernáculo.

7. Os sacramentos também podem ser celebrados de acordo com os Ritos prescritos no Missal de São Pio V.

8. O bispo pode criar uma paróquia onde toda a vida litúrgica se dê conforme os Ritos Antigos.

9. Tudo isso entra em vigor a partir de 14 de setembro.


Para quem quiser conhecer, o site Presbíteros tem o Ordinário da Missa de São Pio V (ou seja, toda a parte fixa, sem as leituras e as orações próprias de cada Missa celebrada).

Aproveitando esse estímulo do Santo Padre, incentivo à todos a estudarem com carinho o Missal de São Pio V, conhecerem toda a rizqueza teológica e doutrinária multisecular presente em seus textos.

Convido também a assistirem uma Missa segundo esse rito, que podem ser encontradas nos seguintes endereços (os dois grupos estão em perfeita comunhão com a Igreja):

Capela do Menino Jesus e Santa Luzia (Adm. Apostólica S. João M. Vianney)
Rua Tabatingüera, nº 104, Centro - Telefone: (11) 3104-8032
Sábados às 12:00h, Domingos às 11:00h e às 16:30h.

Oratório N. Sra. do Bom Conselho (IBP - Instituto Bom Pastor)
Rua Gonçalo Pedrosa, 25, Ipiranga - Telefone: (11) 6168-7259
Dias Úteis às 19:00h, Sábados às 07:30h, e Domingos às 16:30h.


VIVA O PAPA !!!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Confirmado pela Santa Sé!


A Santa Sé confirmou para amanhã pela manhã a publicação do Motu Proprio "Summorum Pontificum".


Et introibo ad altare Dei!

Ad Deum qui laetificat juventutem meam!


VIVA O PAPA!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Summorum Pontificum

Segundo foi publicado pela agência I.Media (especializada em notícias do Vaticano), "Summorum Pontificum" é o nome do Motu Proprio de Bento XVI que dará liberdade de celebração para a Missa de São Pio V. A referida agência também confirma para o próximo sábado, dia 07, a publicação do documento.



Viva o Papa!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O Motu Proprio

Da esquerda para a direita: Burke, Bagnasco, Koch, Dziwisz, Tarcísio Bertone, Mvé Engone, o Papa, O'Malley, Castrillón-Hoyos, Ruini, Toppo, Ricard, Pell, Arinze e Murphy O'Connor


A foto acima registra a reunião que comentei no post anterior (abaixo). Não foram 30 bispos como inicialmente se noticiou.

A data para a publicação do tão aguardado Motu Proprio parece ser mesmo no próximo sábado, dia 07/07/07 (se for confirmado é uma data curiosa e interessantíssima, pois sabemos que o número 7 simboliza totalidade, perfeição...).

A propósito, hoje fazem 19 anos que o Papa João Paulo II publicou o Motu Proprio "Ecclesia Dei", na qual excomunga D. Marcel Lefebvre (fundador da Fraternidade São Pio X) por ordenar bispos sem autorização papal e concede o indulto para que os sacerdotes possam celebrar a Missa conforme o Rito de São Pio V, desde que tenham autorização do bispo diocesano. O papa Bento XVI pretende abolir essa necessidade da autorização, bastando existir um grupo de fiéis interessados e o sacerdote desejar atendê-los (se de fato será isso que o papa ordenará, só saberemos após a publicação).

No documento "Ecclesia Dei", João Paulo II pediu e, infelizmente, foi solenemente ignorado que: "além disso, em toda a parte deverá ser respeitado o espírito de todos aqueles que se sentem ligados à tradição litúrgica latina, mediante uma ampla e generosa aplicação das diretrizes, já há tempos emanadas pela Sé Apostólica, para o uso do Missal Romano segundo a edição típica de 1962".

Atualmente poucos respeitam os fiéis ligados à tradição litúrgica e muito menos há uma "ampla e generosa" aplicação do indulto.

Rezemos pelo Santo Padre e pelo clero.